Corvo e seu simbolismo
Corvo ou corvos
O corvo tanto sua imagem quanto o ser físico sempre foram alvo de inúmeras teorias, misticismos, pré-conceito e até mesmo receio por grande parte dos povos do globo, sendo cultuado em algumas regiões e caçado em outras, tendo em comum entre ambas a noção de ser um animal de grande poder mistico e intelectual. Estando também sempre representado na mídia, seja em filme, HQs, músicas e afins.
O corvo hoje em dia deixo de ser um tabu para ser objeto de estudo e de admiração, motivo pelo qual descreverei abaixo o que consegui reunir.
O que é um Corvo:
Corvo é uma ave da família dos corvídeos (família essa que abrange corvos, corvelos, gaios, gralha,gralhos, cornelhas, pegas, frouvas, choias, chucas e quebra-nozes) normalmente caracterizado pela sua plumagem escura (geralmente preta) e encontrado em quase todos os continentes. Popularmente, o corvo é interpretado como o sinal místico de mau presságio.
Simbolicamente, o corvo é relacionado com o mau agouro, a morte, o azar e com outros elementos obscuros e sombrios. No entanto, também pode simbolizar algumas características positivas, como a sabedoria, a astúcia e a fertilidade.
Por causa do seu simbolismo místico, o corvo foi (e é) bastante explorado na literatura e demais artes, principalmente como tema central de histórias fantásticas e de terror.
O escritor estadunidense Edgar Allan Poe, por exemplo, se imortalizou através do poema “O Corvo” (The Raven, no original em inglês), se popularizando como um dos autores mais icônicos do romantismo sombrio.
Em inglês, a palavra “corvo” pode ser traduzida como crow ou raven.
A origem da “identidade obscura” que os corvos (Corvus corax) adquiriram ao longo do tempo está relacionada com algumas praticas comuns dessas aves, como os hábitos necrófagos (comem cadáveres), a capacidade de imitar o tom de voz de alguns animais (incluindo os humanos) e o fato de serem predominantemente pretos (cor que é tradicionalmente atribuída às trevas e ao que é obscuro e maligno).
Ao contrário da conotação negativa atribuída ao corvo na maioria das culturas ocidentais, diversas mitologias antigas tinham esta ave como um símbolo de proteção, regeneração e de mensageira de boas energias.
Por este motivo, atualmente, a figura do corvo também costuma ser muito utilizada como um amuleto de proteção, principalmente sob a forma de tatuagens.
Corvo na Mitologia
Yatagarasu (Mitos Orientais)
A figura do corvo está presente na mitologia de diversas culturas ao redor do mundo. Na Ásia Central e Ásia Oriental, por exemplo, existe o Yatagarasu – um corvo de três pernas – conhecido por ser o mensageiro do céu e do deus do Sol.
Cada uma das patas do Yatagarasu representaria uma das qualidades básicas dos deuses, de acordo com a mitologia japonesa: chi (a sabedoria), jin (a benevolência) e yuu (o valor).
O Yatagarasu não é interpretado como um sinal de mau presságio, mas sim como um poderoso navegador, característica esta observada nos corvos, que são capazes de se orientar facilmente mesmo em terras desconhecidas.
Na tradução do japonês, Yatagarasu significaria aproximadamente “Corvo de 8 Pernas” ou “Supremo Corvo Divino”, visto que para a cultura japonesa o número oito é interpretado com sinônimo daquilo que é "supremo" e "perfeito".
Hugin e Munin (Mitos Nórdicos)
Este par de corvos está presente nas narrativas da mitologia nórdica. De acordo com o nórdico antigo, Huginn significa “pensamento”; e Muninnquer dizer “memória”.
Hugin e Munin são mensageiros do deus Odin, e que percorrem todo o mundo de Midgard – reino dos seres humanos (a Terra), como era conhecida pelos antigos nórdicos – coletando informações e transmitindo-as ao “pai dos deuses”.
Corvo na Bruxaria
Os corvos também são constantemente associados aos contos de feitiçaria e bruxaria. De acordo com muitas culturas, as bruxas e feiticeiros utilizam das capacidades de premonição dos corvos para prever o futuro e se comunicarem com as forças espirituais do além, já que o corvo também representaria a ligação entre o mundo dos vivos e dos mortos.
Na Idade Média, principalmente, também se acreditava que os corvos seriam os animais de estimação das bruxas, ou que estas teriam a capacidade mágica de se transformar nessas aves.
Mas, por outro lado, os xamãs – feiticeiros indígenas – de tribos norte-americanas encaravam os corvos como seres divinos, animais conselheiros dotados de sabedoria. Costumavam ser representados em totens de proteção contra energias negativas.
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